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O maior desafio da educação pós-pandemia: Como trazer os alunos de volta para as instituições de ensino?

  • 6 min de leitura

Trazer os alunos de volta vai demandar muitos conteúdos optativos e novas tecnologias de engajamento.

O Brasil está lidando com altíssimas taxas de evasão nas Graduações, dificuldade para se conectar com os alunos de todos os níveis e mantê-los estudando de forma remota. Trazê-los de volta para a educação pós-pandemia não será tarefa simples e todas as escolas e redes de ensino em todos os níveis terão de inovar em busca do melhor modelo para trazer os alunos de volta e garantir que sigam aprendendo.

Inovar envolve entender o problema em questão e oferecer propostas novas e factíveis para solucioná-lo. Por vezes, é necessário experimentar e errar com grupos pequenos e só depois expandir para grupos maiores.

No caso da educação durante a pandemia e na educação pós-pandemia, não há tempo a perder, e os experimentos têm de ocorrer com alunos reais, em escolas reais, em contexto real – que muitas vezes é tão diferente que não é replicável de um sistema para outro.

Como trazer os alunos de volta, então?

Para atrair o aluno de volta para a escola ou universidade, será necessário lhe oferecer o que ele quer. Pode ser aprendizagem, pode ser um diploma. Mas também pode ser preço, comodidade, interação som colegas, acesso a laboratórios e quadras esportivas, formação adequada para o mercado de trabalho, além de ofertas diferenciadas para seu estilo de aprendizagem.

Como descobrir o que o aluno quer? Uma maneira de fazer isso ainda com as aulas remotas é usar o contato digital que se possa ter com alunos, ex-alunos e candidatos e perguntar o que eles desejam. Outra é observar as tendências do mercado, o que os estudantes fizeram durante a pandemia e o que sentiram falta.

A tendência pró-EAD no Brasil já estava em franca ascensão antes da pandemia. O Censo do INEP, com dados de 2019, só confirma o aumento dessa preferência entre os alunos. O motivo para tanto deve estar na relação qualidade-comodidade-preço que os cursos a distância têm conseguido oferecer em comparação com os presenciais. É importante entender melhor qual é a vantagem que tantos alunos têm visto na EAD.

Já se observa, também, a emergência de um perfil de profissionais e empreendedores, que prefere estudar assuntos específicos por conta própria e seguir sua carreira profissional sem diploma. Em reportagem recente ao Estado de São Paulo, eles afirmam que a graduação é um período muito longo na vida em que os assuntos são tratados de forma superficial. Há também quem afirme que a metodologia tradicional não “conecta” com o seu jeito de aprender.

Se observarmos o que ocorreu durante a pandemia, houve evasão de aproximadamente 27% nos cursos de graduação, e, em paralelo, aumento da procura por cursos livres e cursos de pós-graduação. O que será que esses cursos livres e de pós-graduação estão oferecendo para o seu público? Comodidade, preço, agilidade, conexão com o mercado, professores renomados? É importante identificar quais são os componentes de atração e incluí-los nos cursos de graduação, que foram os que mais sofreram evasão.

Em entrevistas com alunos durante a pandemia, muitos relataram que sentiram falta dos professores e dos colegas, mas também gostaram de ter tempo para pensar, pesquisar e trabalhar colaborativamente, mesmo que a distância. Muitos aprenderam a se dedicar ao que lhes interessa, e devem continuar querendo usufruir da liberdade sobre o seu tempo de estudos quando puderem voltar para suas instituições. Cursos com grades muito fechadas, centrados somente no professor e no conteúdo estritamente curricular (frequentemente superficial), que não dão tempo para reflexão e experimentação, parecem estar afastando alunos da educação formal.

Vale lembrar que no Ensino Médio não é muito diferente. Apesar de a maioria dos alunos terem permanecido matriculados em suas escolas públicas e privadas, e alguns terem continuado estudando remotamente, há vários estudos, no Brasil e até no exterior, indicando que 30% deles não estão interessados voltar para a escola. Se lembrarmos que o Ensino Médio costuma ser uma experiência de aprendizagem com grades muito fechadas, foco em conteúdo curricular e abordagem de ensino centrada no professor, talvez tenhamos indícios para compreender esse desinteresse pela escola.

O governo de SP até antecipou a vigência do Novo Ensino Médio para 2021, na esperança de que um currículo com mais disciplinas optativas e com até 40% da carga horária online atraia mais alunos de volta para a escola.

O que oferecer aos alunos?

Levando em conta que os alunos têm aceitado cada vez mais a Educação a Distância e que, aparentemente, têm desejo por uma formação mais personalizada, com acesso ao que desejam estudar, com comodidade e diferentes formas de interação e de obtenção do conhecimento, pode ser uma boa ideia oferecer disciplinas optativas de alta qualidade no Ensino Superior e no Ensino Médio em formato a distância. É claro que os alunos também vão gostar de optativas presenciais, mas nem sempre os melhores professores estão disponíveis em todos os lugares e, com Educação a Distância, conteúdo de alta qualidade, propostas interativas e algum nível de tutoria, o acesso a conhecimento específico, de interesse de alunos específicos pode ser viabilizado.

Como tecnologias avançadas podem ajudar?

Além do conteúdo bem selecionado, variado e de alta qualidade, também é importante levar em conta as diferentes maneiras de engajar o aluno e ajudá-lo a seguir aprendendo. Para isso, as tecnologias de ponta na educação pós-pandemia farão toda a diferença.

Com tecnologias mais avançadas, os cursos podem ser gamificados, organizados por níveis, fases, em que as conquistas valem pontos e os alunos são estimulados a sempre ir adiante para ver o que existe na próxima etapa. Cursos gamificados são mais divertidos, aumentam o engajamento e até a aprendizagem.

O ensino adaptativo por competências, em que se identifica quem já tem domínio sobre conteúdos, habilidades e competências e se permite avançar para adquirir o que ainda falta também ajuda muito a acelerar a aprendizagem, sair da superficialidade e não tomar o tempo do aluno com o que ele já sabe fazer. Esse tipo de abordagem ajuda na remediação para quem está atrasado e não precisa fazer disciplinas inteiras novamente para ganhar os créditos e para quem deseja se formar mais rápido. Também está alinhado com a demanda dos alunos por praticidade, velocidade e possibilidade de conciliar estudo e trabalho.

Quanto aos diferentes estilos de aprendizagem, com os relatórios das plataformas de aprendizagem de primeira linha também se consegue identificar quando o aluno permanece no curso e quando se desinteressa, permitindo modificar tanto a forma de apresentar o conteúdo quanto as propostas de interação sugeridas nos cursos. Com agentes inteligentes, ainda é possível interagir com os alunos de forma automática nos momentos críticos para o seu desenvolvimento e mantê-los ativos.

Ajudar os alunos a permanecer na escola e universidade, concluir as etapas da educação formal e seguir aprendendo por toda a vida é essencial para o desenvolvimento de um país e para a saúde dos negócios na educação privada. Cada vez mais surgem tecnologias de ponta que podem auxiliar para este fim e cada vez menos será possível atingir esse objetivo sem tecnologia.

Conheça a plataforma Brightspace e o que ela pode fazer para trazer seus alunos de volta e mantê-los engajados com a sua aprendizagem na sua instituição.

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índice
  1. Como trazer os alunos de volta, então?
  2. O que oferecer aos alunos?
  3. Como tecnologias avançadas podem ajudar?