IDIOMAS

Wizard Hub: escola virtual com D2L

30/01/2023 10:22

Plataforma roda na Brightspace e integra diversas API’s em um único ecossistema para 60 mil alunos.

Juliano Costa, vice-presidente de estratégias de conteúdo na Pearson para a América Latina (Foto: Divulgação)

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A Wizard, uma das maiores redes de escolas de idiomas do país, adotou a Brightspace, plataforma virtual de aprendizagem (LMS, na sigla em inglês) da D2L, multinacional especializada em tecnologia de ensino, para a operação do Wizard Hub, sua modalidade on-line originada a partir da experiência com o período da pandemia.

Em funcionamento desde agosto de 2021, o ecossistema já conta com mais de 60 mil usuários e possui integração por meio de API’s com cinco sistemas, oferecendo diferentes recursos usados pelos alunos nas aulas on-line em um único lugar.

A principal delas é com o Sponte, sistema da Wizard para gestão de escolas e alunos.

O ERP é sincronizado com o Brightspace em menos de três minutos após sua atualização. A partir disso, o hub passa a dispor de todas as informações sobre estudantes, turmas, professores, horários e calendários das aulas.

Outra ferramenta integrada foi a Blink Learning, com livros interativos digitais usados em todos os níveis de aprendizado da Wizard on-line.

Com essa solução, os estudantes fazem anotações e as atividades realizadas são automaticamente corrigidas pela Blink.

No hub, a Brightspace identifica o estudante e o conteúdo que o livro deve rodar dentro de um widget presente no ecossistema, sem que o aluno precise abrir o site da Blink para acessar o material, como era feito antes.

Além dela, a plataforma também facilita o acesso ao Wiz Me, aplicativo da escola de idiomas em que o aluno encontra atividades de reforço para treinar a fala e entendimento auditivo, também utilizado em aulas presenciais com acompanhamento do professor.

A Catch Up, plataforma de self-studying em que o aluno estuda e pratica o idioma por conta própria antes do início e fechamento das aulas, também pode ser acessada diretamente no sistema da D2L, dando continuidade ao uso iniciado durante o período de isolamento social.

Em seguida, foi integrada a tecnologia de salas de aula virtuais Elos.

Através dela, os professores conseguem visualizar quais alunos frequentaram quais aulas, além de ter acesso a um relatório e aos encontros gravados dentro da Brightspace.

Essa, entretanto, é a única ferramenta que leva o usuário a uma nova aba em seu navegador, para que a videoconferência não interfira na visualização dos livros didáticos no Wizard Hub.

Adicionalmente, a D2L oferece uma área de dever de casa própria, complementando as atividades já oferecidas pela Blink Learning e pelo Wiz Me.

Por fim, foram integrados todos os canais e redes sociais da Wizard, incluindo Youtube e Spotify, para que o estudante tenha acesso aos conteúdos da escola sem precisar sair do Wizard Hub ou abrir outras janelas durante sua jornada de aprendizado.

“Mesmo com toda a centralização de conteúdos e ferramentas na plataforma on-line, os alunos que optam por ter aulas virtuais continuam utilizando também livros didáticos físicos, por ser uma preferência cultural majoritária no país”, ressalta Juliano Costa, vice-presidente de estratégias de conteúdo na Pearson para a América Latina.

Por conta disso, os estudantes também podem acessar na Brightspace o conteúdo armazenado na Wiz Pen, caneta eletrônica que pronuncia palavras grifadas nos livros da Wizard.

Com todas essas API’s, os professores da modalidade on-line da Wizard não precisam mais corrigir as atividades dos alunos. Todos os exercícios são automaticamente checados pela plataforma, independentemente de seu formato.

Para o futuro, a Wizard tem planos como o desenvolvimento de um aplicativo aberto ao público para a prática de idiomas.

A rede também tem expandido sua atuação na América Latina, com três novas unidades no Paraguai, uma na República Dominicana e outra na Costa Rica.

O objetivo é operar um modelo de negócios em que haja uma matriz física que atenda o país inteiro através da modalidade on-line.

“A lógica é diferente no Brasil. Aqui nós temos mais de 1,1 mil cidades cobertas por unidades da Wizard. 89% das cidades acima de 30 mil habitantes têm uma Wizard. Para a América Latina, a estratégia é outra. Você não vai ser um estudante paraguaio estudando em uma escola brasileira. É o que a gente chama de virtual school”, explica Costa. 

No mercado há mais de 20 anos, a Wizard faz parte da Pearson desde 2012, quando a gigante inglesa de educação comprou o Grupo Multi, que controla as redes Wizard e Yázigi, por R$ 1,7 bilhão. 

Hoje, a Wizard possui cerca de 1,2 mil unidades que atendem 360 mil alunos de inglês, espanhol, francês, alemão, italiano, chinês, japonês e português em todo o Brasil.

Já a Pearson, sediada em Londres e com mais de 175 anos de existência, está presente em mais de 70 países e conta com mais de 22,5 mil colaboradores.

A D2L, por sua vez, é uma multinacional canadense presente no Brasil desde 1999. Sua plataforma é utilizada por mais de 1,1 mil clientes e 15 milhões de alunos de educação básica, fundamental e superior.

Entre os seus clientes corporativos e governamentais, estão FGV, Instituto Ayrton Senna e SPC Brasil.

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