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Mais de 90% das universidades brasileiras acreditam que a transformação digital é fundamental para melhora do ensino superior

A D2L, player global de aprendizagem, conduziu uma pesquisa com mais de 4.830 respondentes do ensino superior em todo o mundo para examinar o impacto da transformação digital na educação. Mais de 92% dos respondentes acreditam que instituições de ensino precisam se transformar digitalmente para permitir o crescimento futuro. E 90% afirmam que a sua opinião em relação a tecnologia é mais positiva após a crise causada pela Covid-19.

O levantamento inclui participantes em cada um dos principais mercados da América Latina:

  • Brasil
  • México
  • Colômbia

No Brasil, participaram 474 instituições de ensino superior (IES). Um dos destaques desse estudo no país é a perspectiva positiva da capitalização desta transformação. Mais de 90% das instituições já entendem que a tecnologia melhora a qualidade do ensino. Outros 68% afirmaram que o modelo de aprendizagem híbrida oferece benefícios educacionais superiores ao modelo apenas presencial, sem tecnologia.

“Os resultados mostram que a pandemia apenas alterou a urgência de um processo que vinha acontecendo em grande parte das IES em todo o Brasil, com 70% das instituições afirmando que a Covid-19 acelerou a sua estratégia digital. Mais da metade das instituições elencaram como sua prioridade para os próximos 24 meses a ampliação da oferta online, o investimento em infraestrutura e novas tecnologias”, disse o diretor da D2L no Brasil, Peterson Theodorovicz.

A estratégia de transformação digital no Brasil parece ser multifacetada, com 62% apontando a introdução de novos conteúdos para oferecer uma experiência mais envolvente; 57% informando da necessidade de novas tecnologias para melhorar a experiência de aprendizagem digital; e 55% declarando que a transição digital levou ao bom uso das ferramentas síncronas.

Em relação a priorização, 30% dos entrevistados disseram que o planejamento desta agenda começou antes de 2015 — resultado que coloca o Brasil entre as maiores porcentagens de todos os países pesquisados. Por outro lado, mais de 40% das instituições iniciaram a execução efetivamente apenas a partir de 2020, mostrando assim o impacto da pandemia.

“O desafio agora é manter a consistência da produção educacional e olhar para o próximo estágio da evolução digital do setor”, complementou Theodorovicz.

Obstáculos à transformação digital na Educação na América Latina

O principal obstáculo para a transformação digital na América Latina é unânime: o acesso dos alunos à Internet e aos dispositivos digitais (45%). Segue-se a isto a falta de recursos e infraestrutura, que é a segunda maior preocupação no México (35%), a lacuna de habilidades digitais acadêmicas na Colômbia (31%); e o custo da transformação no Brasil (35%).

Ao chamar a atenção para a lacuna de habilidades digitais entre acadêmicos, as instituições da América Latina apontam para o problema que foi citado por universidades em todo o mundo enquanto tentam implementar uma estratégia de transformação digital. Os educadores acharam a adoção de alguns novos modos de ensino mais fácil do que outros.

Mas, em linhas gerais, os entrevistados da América Latina indicam que a transição para o aprendizado online vem com seus desafios, com a maioria das respostas (35%) descrevendo-a como “um tanto difícil”. “O desenvolvimento profissional, especialmente em termos de habilidades digitais aprimoradas, facilita essa transição. Para a maioria dos entrevistados, a falta de suporte no uso de ferramentas digitais para fornecer educação é o maior desafio para a aprendizagem online”, afirmou Peterson Theodorovicz.

Ainda segundo o diretor da D2L, os resultados das iniciativas de transformação digital já adotadas são promissores. “Passado o período emergencial da transição, já se percebe um planejamento mais adequado de preparo dos professores, modelos pedagógicos, ferramentas e conteúdo, resultando em novas oportunidades de colaboração e um maior engajamento da comunidade acadêmica e alunos com esta transformação digital mais estruturada.”

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